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Ibase está entre copatrocinadores de declaração sobre povos indígenas na ONU

Em declaração conjunta na 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, no último 23 de março, Dom Roque Paloschi , presidente do Conselho Indigenista Missionário, cobrou a demarcação das terras indígenas brasileiras e a superação do marco temporal sobre esses territórios. Os copatrocinadores da incidência junto ao organismo internacional foram Ibase, Franciscans International, Serviço Inter-Franciscano de Justiça, Paz e Ecologia (Sinfrajupe), Dreikönigsaktion Austria (DKA) e Justiça Global.  

Dom Roque Paloschi , presidente do Conselho Indigenista Missionário, cobrou a demarcação das terras indígenas brasileiras e a superação do marco temporal sobre esses territórios. Foto: Hellen Loures/Cimi

Para Dom Roque Paloshi, que também é arcebispo de Porto Velho (RO), é fundamental que o novo governo retome, imediatamente, a política de demarcação de terras indígenas no Brasil. “O Brasil está vivendo um novo momento político. Houve mudanças nas atitudes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, além da criação do Ministério dos Povos Indígenas; mas mantemos nossa preocupação. Os povos indígenas no Brasil continuam sofrendo graves ameaças aos seus direitos, às suas vidas e territórios” – destacou.

Assista aqui ao vídeo completo da partipação de Dom Roque Paloshi na 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU. 

Para Athayde Motta, diretor do Ibase, as violações apontadas por Dom Roque são gravíssimas e afrontam diretamente a democracia brasileira: “O marco temporal é descabível em todos os aspectos, como já demonstraram diversas organizações de defesa dos povos indígenas. A violência com que esses povos foram tratados nos últimos anos precisará de um esforço de toda a sociedade para ser minimamente amenizada” – explica Motta, que também é antropólogo e diretor da Abong.  E acrescenta: “O Ibase se sente honrado de copatrocinar essa iniciativa do Cimi e nos colocamos solidários a toda luta em prol da dignidade dos povos originários”.

Sobre o Cimi

O Cimi é um organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que, em sua atuação missionária, conferiu um novo sentido ao trabalho da igreja católica junto aos povos indígenas.

Criado em 1972, no auge da ditadura militar, quando o Estado brasileiro adotava como centrais os grandes projetos de infraestrutura e assumia abertamente a integração dos povos indígenas à sociedade majoritária como perspectiva única, o Cimi procurou favorecer a articulação entre aldeias e povos, promovendo as grandes assembleias indígenas, onde se desenharam os primeiros contornos da luta pela garantia do direito à diversidade cultural.

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