Hoje (07/10), entidades da sociedade civil e alguns políticos compareceram ao ato público da OAB do Rio contra a violência policial nas manifestações. A greve dos professores municipais ganhou ênfase no evento devido ao fato de que os profissionais de ensino foram vítimas do excesso policial nos protestos.  Ficou decidido que uma comitiva vai pedir um encontro com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a fim de pedir uma mudança de postura da polícia militar. Além disso, a comitiva vai tentar abrir um canal entre os professores e a prefeitura e pedir que a administração municipal reveja o plano de cargos e salários aprovados recentemente na Câmara dos Vereadores, sem a participação dos docentes. O tema Unidade de Polícia Pacificadora também surgiu no ato, em que foi questionada a eficiência da UPP.
Para a OAB, quinze dias de afastamento para os policiais que forjaram o flagrante de um morteiro na Cinelândia é totalmente insuficiente, e a expulsão dos oficiais dos quadros da polícia seria uma atitude que se impõe diante desses acontecimentos. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Nacional e conselheiro federal pelo Rio de Janeiro, Wadih Damous, defendeu a desmilitarização da polícia.
– O ato público na OAB marcou uma posição não só contra a violência policial como também  contra uma política de segurança com uma visão de guerra – afirmou Wadih.
Diretor do Ibase, Itamar Silva também esteve na mesa dos debatedores.
– A iniciativa do OAB foi muito importante e chega num momento em que o diálogo dos professores com a prefeitura está obstruído. Além do encontro com o Beltrame, para cobrar uma nova maneira de a polícia agir, já que até agentes da PM jogando pedras em manifestantes do telhado e morteiros forjados foram  flagrados na manifestação dos professores, ficou acordado tentar abrir esse canal entre o Sindicato Estadual dos Profissionais de  Educação (SEPE) e a administração municipal, que levou um plano de cargos e salários para a Câmara dos Vereadores sem a participação dos próprios professores.
Na mesa, estavam além de Itamar e Wadih Damous, o  representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo auxiliar do Rio de Janeiro Antonio Augusto Dias Duarte, o presidente do Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro, Álvaro Quintão, e os representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Lima; do Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), Geiza Rocha; e da da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Alair Cavalcante.
No ato, estavam ainda o senador Lindbergh Farias (PT/RJ); da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ); dos deputados estaduais Inês Pandeló (PT/RJ) e Paulo Ramos (Psol/RJ); dos vereadores Jefferson Moura (Psol/RJ) e Reimont (PT/RJ); do prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT); dos presidentes do PSTU/RJ, Cyro Garcia, e do PT/RJ, Jorge Florêncio; dos ex-parlamentares Milton Temer (Psol/RJ) e Vladimir Palmeira (PSB/RJ).

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