Cândido Grzybowski
Sociólogo, diretor do Ibase
Falta pouco para a Conferência da ONU no Rio de Janeiro. O que se confirma até agora é o quanto as negociações governamentais estão longe do que a humanidade precisa com urgência. Até parece que o principal esforço oficial é evitar compromissos com a mudança do paradigma produtivista e consumista, gerador de exclusões e desigualdades sociais e, ao mesmo tempo, destruir da Mãe Terra. Pior, a Conferência aponta em outra direção, busca ainda mais desenvolvimento.
Quer-se uma nova frente de livre expansão do mesmo capitalismo, radicalizando a privatização e a mercantilização da natureza. Chamar isto de sustentabilidade e maquiar de verde tal economia não esconde o seu potencial de ameaça para a humanidade e a integridade do planeta. Chama a atenção a ausência dos direitos e responsabilidades socioambientais nas negociações.
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