Se estivesse vivo, Betinho – Herbert José de Souza, um dos fundadores do Ibase – faria 78 anos.
Hemofílico, o sociólogo e ativista dos Direitos Humanos sobreviveu a dois golpes militares, no Brasil e no Chile e ficou mais de 10 anos exilado. Na década de 80, foi diagnosticado com o vírus HIV, igualmente a seus dois irmãos, Chico Mário e Henfil, também hemofílicos. Mesmo assim, até 1997, ano de sua morte, ele continuou realizando seu trabalho no Ibase e fundou a Ação da Cidadania contra a miséria e pela vida.
Para relembrar seu aniversário, o Colégio Estadual Herbert de Souza, na Tijuca, presta uma homenagem amanhã (6/11) a Betinho.
Desde o ano passado, a história de Betinho é reconhecida pela Unesco como parte importante da memória mundial. O arquivo Herbert de Souza, do CPDOC da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi indicado para o Registro Nacional do Programa Memória do Mundo da Unesco. A decisão foi tomada pelo Comitê Nacional do Brasil, órgão ligado ao programa da Unesco. O arquivo Herbert de Souza contém registros da vida e trabalho do sociólogo, retratando em detalhes as suas inquietudes e busca por um mundo mais solidário. O arquivo está disponível para consulta pública e gratuita na Sala de Consulta do Centro, além de poder ser acessado através do Portal CPDOC.
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