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Lançado hoje, dossiê expõe abusos cometidos nas obras dos megaeventos

Nesta segunda-feira (12), a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e das Olimpíadas lançou o dossiê “Megaeventos e violações de Direitos Humanos no Brasil”, destinado a denunciar os abusos cometidos durante a realização das obras para os eventos no Brasil. As organizações se mostraram preocupadas com o legado dos megaeventos, que, segundo elas, de nada contribuirão para a inclusão social e a ampliação de direitos sociais, econômicos, culturais e ambientais.
De acordo com informações da Pública, além de denúncias de violações de direitos, o documento traz um quadro completo de acompanhamento das obras para a Copa do Mundo, incluindo custos previstos, valores licitados e como está o andamento até o momento.
Um exemplo citado no dossiê é a reforma do Maracanã, que tinha um valor previsto em R$ 600 milhões, mas acabou sendo licitada a um valor de R$ 859 milhões, e metade deste valor foi pago pelo BNDES.
Outro problema relatado diz respeito à pressão exercida pela Fifa para que as obras da Copa sejam cumpridas dentro do prazo. Essa pressão, segundo os trabalhadores das obras, favorece as empreiteiras, porque contribui para os atropelos legais e serve como pretexto para as violações de direitos trabalhistas nas obras dos estádios e dos projetos de infraestrutura.
Segundo o relatório, 2092 remoções já foram realizadas e estima-se que pelo menos 170 mil pessoas terão seu direito à moradia violado ou ameaçado pelos megaeventos.
Para fazer o download do dossiê completo, clique aqui.

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