No último sábado, o Ibase – em parceria com o Núcleo Jovem da Camtra (Casa da  Mulher Trabalhadora) – promoveu o encontro “Jovens mulheres e o uso das novas  tecnologias para mobilização social”, para refletir a respeito dos resultados da  pesquisa “Jovens pobres e o uso das NTICs – novas tecnologias de informação e  comunicação – na criação de novas esferas públicas democráticas”, que tem  financiamento do IDRC (International Development Research Centre). Entre os  objetivos da pesquisa, está ampliar o campo de conhecimento e pesquisa sobre o  papel das NTICs na luta por direitos e cidadania por jovens moradores (as) de áreas  populares das grandes cidades.  O encontro aconteceu na sede da Camtra, na Lapa.
– A pesquisa trabalhou com três estudos de caso: gênero, identidade favelada e cultura na Baixada. Por isso, neste primeiro encontro, nosso foco de reflexão e conversa foram as mulheres e as novas tecnologias. Tivemos a participação de integrantes de movimentos culturais, negros e feministas, incluindo o Let’s Pense! – conta Julia Zanetti, pesquisadora do Ibase e integrante da Camtra.


Em junho, acontece um evento ainda maior: o seminario geral da pesquisa, onde haverá mesas de debate e atividades que envolveram os grupos pesquisados: cineclubes, videoclipes e rodas de hiphop e funk, além de exposição de fotografia.
Durante o encontro, as redes sociais também foram questionadas.
– No Facebook, há censuras, bloqueios e repressões quando o corpo das mulheres aparece como manifestação, porque isso é entendido como pornografia. No entanto, quando há denúncia sobre uma página que incentiva o racismo, por exemplo, a página não sai do ar – reflete Júlia.
 

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