Rio de janeiro, 16 de janeiro de 2015
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Representantes de organizações da sociedade civil, entre elas o Ibase, participaram ontem de uma reunião com o presidente do BNDES Luciano Coutinho, e gestores do Banco, para uma avaliação do Fórum de Diálogo BNDES e Sociedade Civil. Ambas as partes reconheceram a importância do Fórum e seu impacto positivo nas ações do banco. Ao final do encontro, ficou determinado que será feita agenda e um planejamento de trabalho para este ano, de modo a tornar mais frequentes as reuniões.
O Fórum de Diálogo foi implantado há mais de um ano, reunindo organizações e movimentos sociais do Brasil e América Latina, além de representantes do próprio Banco, para estabelecer um diálogo permanente que vise criar estratégias conjuntas que possam considerar os direitos das populações impactadas por empreendimentos financiados pelo BNDES.
Após ouvir a leitura de uma carta de avaliação das organizações que integram o Fórum – em que apontam desafios, como a necessidade de aperfeiçoar os estudos de impacto ambientais, mas também reconhecem avanços no diálogo com o Banco e nas mudanças resultantes do processo, como a maior transparência nas informações no site do BNDES – Luciano Coutinho disse ter “um imenso compromisso com o processo do Fórum”:
– Este processo não pode ser episódico, ele deve ser perene. Temos avanços resultantes deste processo, como a maior transparência de informações no site do Banco após debates deste Fórum. Tenho um imenso compromisso com ele. As bases são uma agenda comum, valiosa, e a boa fé mútua – afirmou.
Cândido Grzybowski, diretor do Ibase, reconheceu o avanço no diálogo e os resultados já obtidos de maior transparência, e ressaltou que a sociedade civil organizada detém um saber sobre os territórios que costuma ser negligenciado em projetos de grandes empreendimentos e propôs que se possam fazer se façam estudos e diagnósticos conjuntos:
– O saber sobre os territórios que temos geralmente é negligenciado. É importante que se faça diagnósticos e que nossos saberes sejam considerados nos locais onde os projetos forem implantados – disse Cândido.
Guiherme Lacerda, diretor das áreas de Meio Ambiente, Infraestrutura social e Agricultura e Inclusão Social, que vem acompanhando as reuniões desde o início, ressaltou a qualidade das informações debatidas durante as reuniões do Fórum e contou que algumas delas foram consideradas no processo de produção do Plano Plurianual de Monitoramento da Política Socioambiental do BNDES.
– Acompanhei o trabalho desde o início e reconheço que há um aprendizado mútuo entre os integrantes deste Fórum e que é preciso estabelecer uma metodologia mais frequente de trabalho para este ano – afirmou o diretor.

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