O último relatório, de agosto de 2021, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alerta que as evidências sobre as recentes mudanças climáticas são generalizadas, rápidas, em alguns casos irreversíveis e se intensificaram de tal forma que não há precedentes em milhares de anos.
Nesse cenário, a Rede Latino-Americana das Indústrias Extrativista (RLIE) e o Centro de Estudos para o Trabalho e Desenvolvimento Agrário (Cedla), com o apoio da Natural Resource Governance Institute (NRGI), organizam o debate virtual Transição energética: justa e sustentável para a América Latina? Serão abordadas questões relacionadas à transformação energética regional no atual cenário de crise estrutural, aprofundada pela emergência sanitária e pelos efeitos desiguais do aquecimento global e as possíveis implicações na economia dos países e, em particular, nos setores de energia e mineração.
O Ibase participa do encontro amanhã, 2 de setembro, das 17h às 19h (horário de Brasília), com a apresentação do biólogo Julio Holanda, consultor do Ibase, que tem como título Terras raras e nióbio no Brasil: minerais críticos e elementos essenciais para a transição energética. A apresentação do consultor do Ibase acontece no mesmo dia em que será discutido o tema minerais e outros materiais estratégicos para a transição energética.
O encontro será transmitido pelas plataformas da RLIE e do Cedla, que terá rodadas de perguntas e um debate subsequente sobre os diferentes problemas levantados neste evento. Para participar, faça sua inscrição no Webinar – Zoom. O objetivo do debate, com vistas à COP26 patrocinada pelas Nações Unidas, que ocorrerá em Glasgow, na Escócia, em novembro deste ano, é tornar visível o paradigma da “transição energética global” proposta como resposta central para enfrentar as mudanças climáticas e alcançar o desenvolvimento sustentável. A transição energética será analisada considerando as diversas perspectivas e interesses que fazem parte do estreito vínculo entre o modelo de desenvolvimento, energia, recursos naturais e território.
Além do nióbio no Brasil, serão apresentadas pesquisas sobre molbênio no Chile e Peru, madeira de balsa no Equador e níquel na Bolívia. O debate será moderado por Juan Luis Dammert, diretor regional para a América Latina da NRGI, e as exposições incluem: Telye Yurisch da Fundação Terram (Chile), Esteban Valle-Riestra do Grupo de Proposta Cidadã (Peru), Paulina Zambrano do Grupo FaroO (Equador) e Silvia Molina, Pablo Poveda do Cedla (Bolívia), além de Júlio Holanda do Ibase (Brasil).
A RLIE, composta por 12 organizações de oito países latino-americanos, tem como objetivo ampliar o debate na sociedade sobre o papel, alternativas e possíveis riscos para a América Latina no atual cenário de transição energética global, diante da necessidade e possibilidades de uma transformação energética regional justa e sustentável, em um quadro de crise estrutural aprofundada pela emergência sanitária e pelos efeitos desiguais do aquecimento global.
Organizações membros da RLIE:
Cedla (Bolívia)
Fundação Jubileu (Bolívia)
Ibase (Brasil)
Fundação Terram (Chile)
Fórum Nacional da Colômbia (Colômbia)
CDES (Equador)
Grupo Faro (Equador)
Centro Fundar (México)
Grupo Propuesta Ciudadana (Peru)
DAR (Peru)
CooperAcción (Peru)
CongCoop (Guatemala)