Desde o último dia 20 de março, a Organização das Nações Unidas (ONU) vem salientando a importância de os países adotarem a renda básica como forma de conter a pandemia mundial.

Em comunicado à imprensa, a entidade ressaltou que “a melhor resposta a uma potencial catástrofe econômica e social provocada pela crise da Covid-19 é colocar as finanças a serviço dos direitos humanos e apoiar os menos favorecidos por meio de abordagens financeiras ousadas”.
Segundo Juan Pablo Bohoslavsky, especialista da ONU sobre efeitos da dívida externa nos direitos humanos, estímulos fiscais e pacotes de proteção social são essenciais para mitigar as consequências devastadoras da pandemia. “Peço aos governos que considerem a introdução de uma renda básica universal de emergência” — enfatizou.
“Os que atuam no setor informal, que trabalham por conta própria e não podem trabalhar em casa precisam de incentivos econômicos e fiscais para ficar em casa. Caso contrário, eles precisarão ir ao trabalho e, assim, colocar em risco sua saúde pessoal e familiar e daqueles na comunidade em geral”, afirmou também.
No Brasil, a ideia ganhou força e tem conseguido apoio. Liderado pela Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB), um grupo de organizações da sociedade civil criou a campanha “Renda Básica Emergencial que Queremos”.

A proposta é pressionar para que a renda básica de R$300 (trezentos reais) seja aprovada rapidamente por deputados(as) e senadores(as). A meta é atender os(as) 77 milhões de brasileiros(as) que têm renda inferior a três salários mínimos ao longo de seis meses.

A campanha tem o apoio do Ibase e da Abong. “Somos parte do legado de Betinho e tenho certeza que ele defenderia essa campanha com muita energia” — disse Athayde Motta, diretor do Ibase e membro da direção executiva da Abong. “Estamos empenhados nessa iniciativa porque acreditamos na sua importância e na sua viabilidade” — completa.
Para assinar campanha, acesse aqui.
 

 
 

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