O pesquisador do Ibase Carlos Bittencourt e a diretora Moema Miranda estiveram em fevereiro na Cidade do Cabo, na África do Sul. Juntos, eles participaram de dois eventos: o primeiro foi Fórum Alternativo Indaba, organizado pelo Diálogo dos Povos e pela sociedade civil africana, que aconteceu paralelamente a uma grande reunião de mineradoras, conhecido de “Indaba oficial”. Moema participou da mesa de abertura dos debates – ao lado de Carlos Bittencourt e de Maria Júlia Zanon, do Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM), que, ao lado de representantes do Zimbábue e de Moçambique, apresentaram casos concretos. Carlos falou sobre a questão do extrativismo no Brasil – Maria Júlia falou sobre esta questão nos BRICS. O debate foi coordenado por Brian Ashley (AIDC/Amandla).
 

Moema Miranda, diretora do Ibase, na África do Sul

 

– O debate sobre os Brics, seu papel e potencial está ainda em etapa inicial. Muitas contradições e tensões aparecem já nas expressões deste novo “acrônomo”, ou bloco, que tentar se consolidar. Para nós, na sociedade civil, é fundamental aprofundar com uma rede ampla de parceiros de outros países o debate sobre a possibilidade de incidir e disputar uma agenda de justiça socioambiental neste processo – defende Moema.

 

O pesquisador Carlos Bittencourt, que falou sobre extrativismo no Brasil

 

No dia seguinte, Carlos acompanhou uma tensão no noticiário do país: oito trabalhadores mineiros morreram trabalhando. De lá, ele seguiu para Moçambique fazer um diagnóstico da situação da exploração de carvão pela Vale e entrevistar diversos atores: desde pessoas atingidas até governo. Moema ficou na Cidade do Cabo e participou de outro evento organizado pelo Diálogo dos Povos: “Destructive Mining: Communities Speak Out about Impacts and Alternatives”.

 

"Destructive Mining: Communities Speak Out about Impacts and Alternatives"

 

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