O documentário “A Ilusão da Abundância”, da diretora Erika González Ramírez e do diretor Matthieu Lietaert, terá exibição exclusiva no Rio de Janeiro amanhã, 31 de agosto, às 18hs, no Centro Cultural da Justiça Federal. Organizada pela Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale (AIAAV) e pelo Ibase, em parceria com o Instituto Pacs e Instituto Cordilheira, a exibição do documentário será gratuita e seguida por coquetel e debate com os diretores.
O filme apresenta as histórias de três mulheres defensoras de direitos socioambientais do Brasil, Honduras e Peru, que lutam para proteger a terra e os povos das violações cometidas por empresas e governos. Bertha, Carolina e Máxima, com determinação e incansável resistência, denunciam as transnacionais onde quer que elas estejam, e lutam para proteger a natureza, mesmo correndo o risco de perder suas vidas.
Carolina Moura, uma das defensoras entrevistadas no filme, é moradora de Brumadinho, Minas Gerais. Moura, que há mais de uma década atua na região em defesa dos direitos humanos e da natureza, relembra no documentário o crime-desastre cometido pela mineradora Vale em 2019 com o rompimento da barragem B1, da Mina do Córrego do Feijão, que matou 272 pessoas.
A “A Ilusão da Abundância” não trata apenas das pessoas que pagam o alto preço do desenvolvimento e do “progresso”. O filme retrata, acima de tudo, a globalização da luta socioambiental e o esforço para perseguir as corporações transnacionais e alcançar a justiça, em qualquer parte do mundo: três mulheres que arriscam suas vidas para proteger nosso planeta.
Clipe e animação
A exibição do documentário será precedida por um clipe e uma animação. Intitulado “Mangue Mulher”, o clipe tem a música “Banho”, de Tulipa Ruiz, interpretada por Elza Soares, e retrata a lida de mulheres pescadoras artesanais nos mangues.
O clipe faz parte da etapa final do Projeto Mangue Mulher, realizado pelo Fórum Suape em parceria com as pescadoras dos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, e tem como objetivo fortalecer e revelar a estreita e significativa relação dessas mulheres com esse território.
Maré Braba
A animação “Maré Braba”, dirigida por Pâmela Pelegrino, mostra a reação das águas do mar às mudanças climáticas provocadas pela instalação de megaempreendimentos predatórios sobre territórios tradicionais – neste caso, territórios de pescadoras e pescadores. Com sete minutos de duração e feito com a técnica stop motion, o curta animação foi realizado pelo Instituto Terramar, GT Comunidades Costeiras, Projeto De Mãos Dadas Criamos Correnteza e ÌTÀN – Cinema Negro de Animação.
Serviço
O quê: Exibição do documentário “A Ilusão da Abundância”, do clipe “Mangue Mulher”, e do curta animação “Maré Braba”
Quando: Quinta-feira, 31 de agosto, às 18hs
Onde: Centro Cultural da Justiça Federal (Avenida Rio Branco, 241 – Centro – Rio de Janeiro – RJ)
Quanto: Grátis
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