Moradores de Santa Cruz relataram hoje ao site Observatório do Pré-sal que a chamada “chuva de prata”, fuligem emitida pela Companhia Siderúrgica do Atlântico, voltou a ocorrer com mais intensidade no bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.
“As crianças jogando bola na quadra abandonaram a partida e começaram a gritar “chuva de prata”. Foi no fim da tarde desse domingo”, disse o morador Luis Otávio, que também reclama dos gases liberados pela siderúrgica durante a noite. “É um cheiro forte que parece gasolina e enxofre. Pedimos socorro”.
Em agosto e dezembro de 2010 a companhia foi multada devido intensa emissão de fuligem, provocada, segundo a empresa, por acidentes. Mas para os moradores a emissão do particulado mais fino é constante. “Todo dia temos o pó mais fino invadindo nossas casas e às vezes fica mais forte em função do vento na direção do bairro”, disse Rodolfo Lobato, outro morador.
Como mostrou a reportagem do RJ TV, moradores estão se mudando do bairro e vendendo suas casas a preço abaixo do valor de mercado. Mesmo assim, faltam compradores. É o caso da família de Rosemary, que se mudou para Magé por orientação dos médicos após seu filho ter sido diagnoticado com síndrome nefrótica. “É uma doença grave que não tem cura e pode ser causada por metais brutos”, disse.
Conheça o caso de Rosemary no vídeo “Desenvolvimento a ferro e fogo”.
Na última semana, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou a Usiminas por crime ambiental ao apresentar um documento “parcialmente falso e enganoso” para orientar o processo de licenciamento da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA).
Comentário 1
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Margareth Regina P. Vianna
3 de novembro de 2012O progresso é inevitável, do ponto de vista de um segmento social. Para adornarms com jóias, esbucaramos, fazemos novas cavervas, construímos mundos funestos e destruímos um com água límpida, que se podia abaixar e bebê´la com as conchas das mãos. Mundo Perdido.’Chuva de prata’em Santa .Cruz