Auditório lotado no debate promovido pelo Ibase na última sexta-feira, dia 23/09, com a presença de seis candidatos (as) à Alerj. Comprometidos com a democracia, com a vida, direitos humanos, acesso à moradia e favela, Benny Brioli (PSOL); Cosme Felippsen (PT); Dara Sant’Anna (PT); Mônica Francisco (PSOL); Rafaela Albergaria (PT); e Rodrigo Mondego (PT) falaram de propostas para o estado, com foco na democracia e favela, tema do encontro. Todos receberam o “Dossiê Rio – Favela é cidade – Contribuições ao debate sobre direito à cidade”, lançado pelo Ibase durante o evento. O debate está disponível no YouTube do Ibase.
Rita Corrêa Brandão, diretora do Ibase, fez a abertura e explicou que o dossiê foi fruto de um trabalho coletivo que reúne artigos e análises sobre territórios na ótica de moradores (as) e lideranças locais. “Pensando no nosso lema que favela é cidade, nós acreditamos que para a construção de uma cidade mais justa, igualitária e antiracista, a gente precisa trazer a favela para o centro do debate”, explicou.
Ainda sobre o dossiê, Carlos Vainer, representando a Conferência Popular do Direito a Cidade, agradeceu ao Ibase por ter elaborado o material, que reúne o conjunto de experiências fruto dos encontros realizados. Ele ainda pontuou que é importante afirmar a favela como um local de moradia, um espaço de cultura, de luta contra o racismo e o machismo. Sandra Plaisant leu alguns objetivos do encontro, antes de chamar Tainá de Paula, vereadora (PT) para fazer a mediação do encontro.
Agradecida pelo convite, Tainá lembrou da importância do apoio da Plataforma pela Reforma do Sistema Político e da campanha A Democracia que Queremos. Ressaltou a parceria da Conferência Popular Estadual pelo Direito à Cidade – RJ para realização do evento e chamou os candidatos para compor a mesa.
A primeira a falar foi Mônica Francisco, deputada estadual que concorre à reeleição. Ela discorreu sobre o seu trabalho desenvolvido na Alerj e pontuou que é preciso mudar a perfil da Assembléia Legislativa, para ter mais mulheres negras, representantes de favela. Cosme Fellipesen citou a importância do seu trabalho à frente do Rolé dos Favelados, que mostra a energia da favela para os turistas. Benny Brioli enalteceu a importância de debater o direito à Cidade porque o estado do Rio tem um quantitativo de pessoas que concentram riqueza e que acham que são donos do território.
Já Dara Sant´Anna contou um pouco da própria história. A candidata nasceu e viveu numa ocupação, logo, a pauta do direito à moradia, de ter uma casa, sempre fez parte de sua vida. Rodrigo Mondego colocou o dedo na ferida falando que os mortos na Baixada Fluminense parecem ser pessoas de segundo escalão. Atuando como advogado de Direitos Humanos, Mondego destacou a importância do debate sobre segurança pública. Já Rafaela Albergaria afirmou que, se eleita, vai pautar a sua atuação na luta pela melhoria dos transportes públicos, especialmente os trens. Criticou também o preço absurdo da passagem, com o exemplo do bilhete único (R$8,55), que, ao final do mês consome mais de 34% de um salário mínimo.
Foto: Samuel Tosta/Arquivo Ibase