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Ibase e Itaú Unibanco iniciam projeto pela permanência de estudantes cotistas nas universidades federais

Assinado no mês de fevereiro, o programa Potências — Bolsas de Apoio à Permanência Universitária marca a primeira parceria entre Ibase, Itaú Unibanco e Fundação Itaú. Com investimento inicial de R$ 25 milhões do Itaú Unibanco, o objetivo é conceder bolsas de auxílio mensal a mais de 300 alunos(as) cotistas – exclusivamente pretos(as), pardos(as) ou indígenas.

O Ibase será responsável pelas tarefas de operacionalização, implementação e monitoramento das bolsas de auxílio permanência que terão o valor de R$964 mensais. Inicialmente o programa será desenvolvido nas universidades federais. “Estamos no momento de ampliar o sistema de cotas em nosso país. Especialmente por isso esse projeto é importante e nos enche de orgulho.  A iniciativa vai possibilitar que mais estudantes negros tenham recursos e possam cumprir sua trajetória estudantil de maneira digna e qualificada durante o curso da universidade”, explicou Athayde Motta, diretor do Ibase.

Além do auxílio financeiro, previsto para ser concedido aos alunos e alunas selecionados(as) por um período de até 72 meses (6 anos), de acordo com o período regular de graduação do bolsista, haverá o assessoramento às instituições de ensino superior participantes para a implementação do programa. Entre essas ações complementares, estão previstas estratégias que contribuam para superação de desigualdades e desvantagens enfrentados por estudantes cotistas. “Há uma série de fatores que dificultam a formação e a permanência de um estudante cotista ao longo do curso universitário escolhido. Vamos ouvi-los, por meio de nossas metodologias de pesquisa e diálogo. Vamos juntos enfrentar o racismo estrutural e promover a justiça social” – afirma Rita Corrêa Brandão, diretora do Ibase e responsável técnica pelo projeto. “Tanto eu quanto Athayde somos negros e cursamos universidades públicas em períodos em que não havia cotas ou incentivos para jovens como nós. Estar à frente desse programa nos cria um sentimento muito especial” – complementa.

Para Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco, o desejo do banco, como precursor deste movimento, é que inspire outras empresas a também compreenderem seu papel nessa construção coletiva, com benefícios para toda a sociedade. “Além de apoiar bolsistas na conclusão dos estudos, o Itaú Unibanco pretende, por meio dessa ferramenta de acompanhamento da taxa de evasão e de desempenho dos estudantes, que às instituições de ensino superior acessem dados dos impactos das ações afirmativas, gerando indicadores que podem orientar a adoção de políticas públicas que atuem pela equidade racial na educação brasileira. Acreditamos na potência do trabalho conjunto entre iniciativa privada, com apoio do terceiro setor e atuação do governo, construindo caminhos com potencial para transformar o Brasil.”  

“Há uma série de fatores que dificultam a formação e a permanência de um estudante cotista ao longo do curso universitário escolhido. Vamos ouvi-los, por meio de nossas metodologias de pesquisa e diálogo. Vamos juntos enfrentar o racismo estrutural e promover a justiça social” – afirma Rita Corrêa Brandão, diretora do Ibase e responsável técnica pelo projeto. Foto: Carla Vieira/Arquivo Ibase

 

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