Com uma pauta ampla em defesa da natureza, do meio ambiente e dos direitos humanos, começa amanhã, dia 28 e vai até 31, em Belém, o X Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa).
Athayde Motta e Rita Corrêa Brandão, da direção do Ibase, irão participar de atividades que dialogam com a temática da Cooperação Internacional, além de debates sobre questões como aquecimento global, ataques contra indígenas e quilombolas, lutas feministas, combate ao racismo, direito à cidade e a defesa da democracia.
Para Motta o convite para fazer parte Fórum é mais uma oportunidade de aliar forças para a luta democrática e a preservação do meio ambiente, além de estreitar laços com parceiros.
O evento articula povos, movimentos sociais e organizações em uma agenda organizada contra práticas predatórias ambientais e sociais nos nove países da Pan-Amazônia: Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.
Vinte anos de história
O Fórum Social Pan-Amazônico surgiu em 2001, no âmbito do Fórum Social Mundial, para defesa da Amazônia e seus povos. O encontro bienal é um espaço de articulação para a incidência e a resistência político-cultural frente ao modelo de desenvolvimento neoliberal, neocolonial, extrativista, discriminador, racista e patriarcal.
Após vinte anos, consolidado como um processo em permanente movimento, o Fospa se estrutura hoje com inúmeras redes atuantes nas causas do meio ambiente e dos direitos humanos, e tudo que implique o direito de ter direitos. Tem a responsabilidade de preservar e criar ferramentas capazes de, em escala global, fazer avançar o respeito aos povos amazônicos e à natureza.
Neste percurso, precedendo o X Fórum, crescem os pré-fóruns realizados nos países da Pan-Amazônia, com amplas mobilizações envolvendo iniciativas de ação, encontros sem-fronteira. Caravanas fluviais e terrestres que já se movimentam rumo à Belém.