14/11/2013
Na última terça-feira foi lançado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, o “Fórum de Diálogo BNDES e Sociedade Civil”, um esforço articulado pelo Ibase com representantes do Banco. O objetivo é abrir um espaço institucional e permanente de diálogo para avançar em propostas que resultem na construção de caminhos para novas práticas, maior transparência, qualificação das informações, e incorporação de novas propostas e recomendações.
No evento estavam presentes o presidente do Banco, Luciano Coutinho, e vários diretores, superintendentes, gestores, a ouvidoria, além de Diogo Sant’ana, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e representantes de organizações e movimentos da sociedade civil.
No lançamento, Coutinho reafirmou o compromisso com a sociedade civil afirmando que sua equipe fará um diálogo democrático, aberto e respeitoso no intuito de escutar as demandas:
– Quero ouvir os interesses com a expectativa de sair do convencional. Não tememos quaisquer enfrentamentos que possam surgir ao longo do processo. Nossa expectativa é criar um espaço de debate e proposição de alternativas – disse Coutinho.
Já o diretor de Infraestrutura social, meio ambiente, agropecuária e inclusão social, Guilherme Lacerda, lembrou que o banco tem uma cultura institucional fechada:
– Nossa entidade tem travas e este diálogo com a sociedade civil pode ajudar a desamarrar.
Em nome das organizações da sociedade civil, Cândido Grzybowski, diretor do Ibase, reconheceu a importância do banco público, mas apontou a necessidade de haver mais transparência; controle de condicionalidades socioambientais e impacto dos projetos financiados; além de critérios objetivos para os financiamentos nacionais e internacionais:
– Nosso objetivo é trazer para o Fórum de Diálogo um saber fundamental para sustentabilidade socioambiental, o saber cidadão e popular, o saber das estratégias comunitárias de gerir bens comuns e de enfrentar os desafios da precariedade de todas ordem, as visões do bem viver para todas e todos, as iniciativas que valorizam o cuidado, o compartilhamento e a convivência, o saber acumulado em dados e análises de organizações e movimentos de cidadania.
O Fórum se reunirá de maneira periódica, a partir de uma agenda construída conjuntamente.