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Empresários negros recebem 32% menos que os brancos

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae, com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE) do segundo trimestre de 2022, mostrou as diferenças de ganhos entre empresários brancos e negros (que reúne as categorias pretos e pardos). Os dados foram divulgados no último mês de fevereiro. 

Segundo o estudo, empresários negros recebem 32% a menos que os brancos. A média de ganhos de um empresário negro é de R$2.079 mensais, enquanto os brancos recebem em média R$3.040. A íntegra do estudo está disponível aqui.  

Essa desigualdade é ainda maior quando consideramos o fator de gênero. De acordo com a pesquisa, quando consideramos apenas os homens brancos, esse valor sobe para R$3.231, enquanto as mulheres negras donas do seu próprio negócio costumam ganhar, em média, R$1.852 por mês. Essa disparidade é fruto da desigualdade racial existente no Brasil, que proporciona menos oportunidades para pessoas negras e, principalmente, para mulheres.

Uma das consequências mais perversas da escravidão, a desigualdade racial ainda é um fator que faz com que pessoas pretas e pardas acabem ocupando a base da pirâmide social, em cargos mais precarizados do mercado de trabalho. A dificuldade de acesso ao ensino superior também é um fator que impacta negativamente as vidas profissionais de pessoas negras no país, incluindo aquelas que decidem empreender. 

“Apesar dos avanços que tivemos nas últimas décadas, principalmente com a política de cotas nas universidades, pessoas negras ainda passam por empecilhos para se dedicarem aos anos de ensino. Não é fácil se manter em uma faculdade; uma parte grande tem que aliar estudo, horas de trabalho, dificuldades de locomoção etc. Inclusive, um dos projetos atuais do Ibase é fortalecer as condições necessárias para que estudantes cotistas permaneçam e tenham sucesso durante o curso universitário”, – explica o diretor do Ibase, Athayde Motta. 

Segundo a análise do Sebrae, dentro de um universo de 29,9 milhões de empresários existentes no país, pouco mais da metade (52%) se declara como pretos ou pardos. O IBGE contabiliza na PNAD Contínua empreendedores(as) que possuem empregados(as) ou que atuam sozinhos(as) no negócio, sejam eles formais ou não. Homens negros donos de negócio são os que apresentam o menor nível de escolaridade (só 11% possuem superior). Na situação diametralmente oposta, as mulheres brancas à frente de um negócio são as que têm maior nível de escolaridade (40% possuem superior).

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