Pesquisa sobre indicadores de cidadania, realizada pelo Ibase em 2022, mostrou que 10,3% do lixo da Indiana tem descarte inadequado – considerando o percentual de moradoras(es) que afirma que o lixo de sua residência é queimado, enterrado, jogado em terreno baldio ou outro destino impróprio. No morro do Borel, esse percentual é de 4,2%.
Outro indicador, elaborado a partir do questionamento a respeito da limpeza das ruas, becos e vielas dos territórios, revelou que 71,2% dos(as) moradores(as) do Borel consideram que esses espaços são sujos, enquanto na Indiana, o percentual também é elevado, 65,4%.
Esses foram alguns dos argumentos debatidos ontem, dia 19, durante oficina de formação promovida pelo Ibase com moradores(as) desses territórios. O objetivo da atividade é criar estratégias sobre como garantir o pleno direito à coleta de lixo.
Além da população local, a oficina contou com a presença dos pesquisadores Tauan Satyro, Robson Aguiar de Oliveira, da pesquisadora Larissa de Morais e da geógrafa Victoria Alves Oliveira. “Foi mais um encontro importante para discutir e pensar estratégias para garantir que moradores e moradoras do Borel e Indiana tenham os equipamentos públicos para destinação adequada do lixo dos seus domicílios” – explicou Tauan Satyro.
A ação faz parte do projeto Cidadania Ativa e Acesso à Justiça, realizado pelo Ibase em parceria com o coletivo Brota na Laje e com o Fórum Comunitário de Jardim Gramacho. O apoio é do International Development Research Centre (IDRC)