
O Cidadania Ativa e Acesso à Justiça (CAAJ) está de volta. Com duração prevista até julho de 2026, o projeto irá percorrer os territórios da Chácara do Céu, Borel e Indiana, na Grande Tijuca, além de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, para promover ações que busquem combater as violações de direitos identificadas na etapa anterior da iniciativa.
“A cidadania ativa local será convidada a participar dos encontros e atividades de formação nas quais iremos conversar sobre instrumentos que visam contribuir com o engajamento e a mobilização em torno de questões como acesso à saúde , educação e mobilidade urbana”, ressalta Robson Aguiar, pesquisador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e coordenador do CAAJ.
A primeira etapa do projeto Cidadania Ativa e Acesso à Justiça nasceu no Ibase em dezembro de 2019. Com a pandemia da Covid-19 como pano de fundo na maior parte de suas atividades, a iniciativa começou a divulgar os primeiros dados levantados ao final de 2023.
São do CAAJ, por exemplo, os dados que mostram que quase 40% das mulheres que vivem no Borel, Indiana, Chácara do Céu e Casa Branca, na Grande Tijuca, não completaram o Ensino Fundamental. Em Jardim Gramacho e no Complexo do Alemão os índices também são altos: 33% e 34%, respectivamente.
As mesmas pesquisas apontaram que para 61,8% das mulheres de Jardim Gramacho o território não conta com locais em que elas possam deixar suas filhas e filhos enquanto trabalham. A mesma dificuldade também é percebida por moradoras de favelas como o Borel (17,7%), Indiana (20,7%) e Chácara do Céu (28,7%).
O projeto Cidadania Ativa e Acesso à Justiça é uma realização do Ibase em parceria com o International Development Research Centre (IDRC).