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ONGs realizam evento paralelo ao Conselho de Direitos Humanos da ONU

Como desdobramento da visita ao Brasil, ocorrida em maio, da subsecretária geral das Nações Unidas e assessora especial para Prevenção do Genocídio, Alice Wairimu Nderitu, entidades de defesa de direitos humanos realizam o encontro Fatores de Risco e Desafios na Prevenção do Genocídio no Brasil, na próxima segunda-feira, 3 de julho, de 9h às 10h,  de forma híbrida – online e presencial –, e paralela à 53ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O encontro foi proposto pela ACT Alliance e organizado em parceria com o Ibase, Fórum Ecumênico ACT Brasil (FEACT), Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil (AMDH), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Justiça Global, MNDH, Projeto Legal, Koinonia, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Brasil (Conaq) e demais ONGS que apoaiaram a recente visita de Alice Wairimu Nderitu ao Brasil. O objetivo  é reafirmar a necessidade de uma ação efetiva pelo fim das ameaças aos povos indígenas e população negra, com atenção também para jovens moradores de favela e adeptos de religião de matriz africana. A atividade acontece no próximo dia 3 de julho, segunda-feira,de 9h às 10h, de forma híbrida – online e presencial –, e paralela à 53ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O evento será transmitido pelo Youtube e pelo Facebook (links abaixo). A condução será de Rudelmar Bueno de Faria, secretário-geral da ACT Alliance, que estará de forma presencial em Genebra, em diálogo direto com as autoridades da ONU. Também presencialmente haverá a participação de Josiel Machado, representante indígena da comunidade Aty Guasu Kaiowá e Guarani, no Mato Grosso do Sul. Do Brasil, integram o evento, as seguintes lideranças: Arilson Ventura, coordenador nacional da Conaq; Renata Trajano, do Coletivo Papo Reto, uma rede formada por jovens moradores de favelas do Rio de Janeiro; e Mãe Baiana de Oyá, iyalorixá do Terreiro de Candomblé Ylê Axé Oya Bagan. Depois dessas apresentações, serão permitidas intervenções ou perguntas, assim como são esperadas reações da própria subsecretária e demais convidados(as).

“Pelo Youtube e pelo Facebook, qualquer pessoa pode acompanhar esse importante encontro que estamos nos empenhando para realizar da melhor maneira possível” – incentiva a diretora do Ibase, Rita Corrêa Brandão. “Quando esteve aqui no Brasil, Alice se reuniu com lideranças comunitárias, inclusive grupos de pessoas ameaçadas e vulneráveis, representantes de organizações da sociedade civil, integrantes de comunidades indígenas e autoridades. No Rio de Janeiro, tivemos também a presença de vários grupos de mães de vítimas da violência do Estado, de povos de terreiro e de juventudes de favelas. A ideia de realizar esse evento paralelo é justamente para ampliar esses relatos e fazer ecoar as denúncias e pedidos de justiça que foram feitas” – explica Rita. “O evento em si não é a solução final para tantos que sofrem com as ameaças e violências no Brasil, mas faz parte de uma estratégia de luta da sociedade civil” – complementa. 

Em sua visita ao Brasil, Alice Wairimu Nderitu se reuniu com grupos de mães e parentes de vítimas da violência do Estado. Foto: Samuel Tosta/Arquivo Ibase.

Os casos ouvidos por Alice e as recomendações resultantes de sua visita estão reunidos na declaração oficial divulgada pela ONU, com destaque para a afirmação da existência de graves violações ao direito internacional dos direitos humanos, situações de instabilidade principalmente em conflitos entre fazendeiros e indígenas, uso excessivo de força pelas agências de segurança contra pessoas negras.

Serviço:

Evento paralelo Prevenção ao Genocídio no Brasil*

Transmissão ao vivo: 03 de julho – 09h (horário de Brasília)

Links para transmissão

Facebook – Fatores de risco e desafios na prevenção do genocídio no Brasil

Youtube – Fatores de risco e desafios na prevenção do genocídio no Brasil

(*) Evento realizado por ocasião do Diálogo Interativo com o Conselheiro Especial da ONU sobre a prevenção do genocídio durante a 53ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

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