O Ibase e o Instituto de Formação Humana e Educação Popular (IFHEP) realizam neste sábado (03/09) a oficina final do diagnóstico socioambiental que as duas instituições realizam em Campo Grande. A oficina faz parte do projeto “Cidade, mudanças climáticas e ação jovem”, apoiado pelas organizações norueguesas OD e AIN (Ajuda da Igreja Norueguesa).
Além de Campo Grande, o projeto também faz um diagnóstico socioambiental na favela Santa Marta, em Botafogo. A oficina final com os jovens de Santa Marta será no dia 24 de setembro. O grupo ECO, de Santa Marta, é também parceiro da iniciativa.
A etapa final do diagnóstico visa consolidar os debates realizados até agora pelo projeto, que tem duração total de cinco anos, com os jovens das localidades. A ideia é produzir um mapa participativo sobre potencialidades, conflitos e atores de cada território, uma sistematização que ajude a explorar a relação entre moradores, meio ambiente, direitos e cidade, na perspectiva dos jovens.
A partir dos resultados deste primeiro ano de iniciativa, serão planejadas as ações do ano que vem, que buscarão um maior intercâmbio entre os grupos envolvidos, a realização de atividades de formação e divulgação voltadas para escolas, grupos e outras instituições locais.
Os diagnósticos socioambientais foram desenvolvidas em diversas fases. Na primeira delas, participantes foram para as ruas da favela e do bairro com câmeras amadoras para fotografar e filmar como os temas por eles inicialmente discutidos eram vividos nas ruas. Essa experiência resultará em três filmes (um de cada território e um terceiro integrando os dois), que serão lançados até o início do próximo ano.
A segunda fase do diagnóstico foi a realização de cinco grupos focais (metodologia de pesquisa qualitativa) com jovens, em cada localidade. Essa fase já foi finalizada em Santa Marta, com o depoimento de cerca de 40 jovens, e está para ser encerrada em Campo Grande. As discussões vão gerar um relatório de cada um dos territórios com a visão desses jovens sobre os temas priorizados pelos grupos da primeira fase do diagnóstico. Os relatórios vão gerar duas publicações.
O objetivo do projeto “Cidade, mudanças climáticas e ação jovem” é fortalecer a mobilização e a organização de jovens por meio de pesquisa, formação e mobilização em torno dos temas: direito à cidade; desenvolvimento; e mudanças climáticas. Para isso, o trabalho conta o IFHEP e o Eco, duas organizações com ampla experiência de trabalho com jovens nas suas localidades.
A premissa é que o trabalho com temas tão complexos e abstratos como mudanças climáticas e desenvolvimento requer a compreensão sobre quais são as preocupações da juventude que vive nesses territórios, a partir de suas experiências cotidianas. Desse modo, será possível, nos próximos anos da iniciativa, relacionar as realidades locais com as conjunturas mais abrangentes.
Comentário 1
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neli
1 de setembro de 2011Parabéns pelo Projeto de Educação Ambiental! Esse projeto deveria ser espraiado por todos os cantos e recantos do Brasil e do Mundo. O Bairro Bom Jesus com o Jardim do Salso necessitam com urgência a implantação de uma intervenção urbana desse tipo para resolver o problema do lixo depositado todos os dias, na Rua Santa Isabel ao lado do Riacho Mem de Sá, em Porto Alegre/RS