Anos atrás, o desafio de tornar uma cidade sustentável seria resumido com redução de impactos ambientais e aumento da eficiência no uso de recursos naturais. Hoje, no entanto, os objetivos são outros. Qual é o peso da participação social sobre as decisões de governos? O crescimento econômico está mesmo beneficiando moradores de determinadas cidades? E o abismo entre pobres e ricos, como está sendo tratado? Essas foram perguntas que permearam o debate “Em direção a cidades sustentáveis”, realizado na última quarta-feira (19/6), durante o Fórum Global de Mídia, em Bonn, na Alemanha.
Com a participação da diretora de sustentabilidade da cidade dinamarquesa de Copenhague, Metre Elf, o prefeito do município alemão de Tuebiguen, Boris Palmer, o membro da London Business School, Philip Rode, e a representante da rede mundial de cidades e governos para sustentabilidade ICLEI, Maryke van Staden, o debate mostrou que o monento é de descobrir como compatibilizar questões sociais e ambientais.

– Fizemos uma pesquisa em 90 cidades e descobrimos que a participação social é um dos principais indicadores que apontam para uma cidade mais sustentável – disse Philip Rode.
Mette Elf, de Copenhague, considerada exemplo de sustentabilidade no mundo, embora ainda tenha um viés mais voltado para a eficiência, também ressaltou:
– Não há desenvolvimento sustentável sem justiça social. Acho que o Brasil está sentindo isso agora.

 
O debate foi mediado pela jornalista e editora do Canal Ibase, o portal de notícias do Ibase, Camila Nobrega, que fez também a cobertura do fórum para o site.

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