texto originalmente publicado no site da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – Fiocruz

Pat Mooney. Crédito: Elevate Festival/Flickr.
Em junho, o Rio de Janeiro vai sediar a Rio+20,  conferência que, segundo a ONU, pretende “renovar o compromisso  político rumo ao desenvolvimento sustentável”. No entanto, o canadense Pat Mooney, diretor do ETC Group, ONG que monitora novas tecnologias, alerta que a Rio+20 corre o risco de legitimar o desenvolvimento de tecnologias que podem  causar enormes impactos sociais, econômicos e ambientais se empregadas  indiscriminadamente, incluindo a apropriação dos recursos naturais por  grandes corporações e alterações de larga escala nos sistemas naturais  da Terra. Mooney, que há 40 anos integra entidades da  sociedade civil ligadas ao monitoramento do comércio mundial de  alimentos, produtos agrícolas e minérios, fala sobre aquelas que,  segundo ele, são as principais tecnologias discutidas nos preparativos  da Rio+20: a biologia sintética, a nanotecnologia e a geoengenharia. Segundo ele, empresas como Shell e Syngenta investem pesado nelas, bem como governos de países como os EUA.
Por que se acredita que essas tecnologias podem acabar com  nossa dependência de recursos naturais e solucionar o problema  climático?
A nanotecnologia permite a manipulação da  matéria em escala nanométrica, ou seja, um bilionésimo de metro. Nessa  escala, as características dos elementos químicos se alteram: sua  condutividade elétrica, sua cor, a forma com que ele reage à pressão  atmosférica, etc. Ela oferece a possibilidade de que seja usada muito  menos matéria prima para produzir determinados produtos e acredita-se  que com ela seja possível tornar determinadas commodities  desnecessárias, sendo possível substituir uma por outra. Por exemplo, o  giz que é usado nas escolas: manipulado na escala nanométrica, ele fica  100 vezes mais duro que o aço e mais leve. Então, acredita-se que algo  barato como o giz poderá ter características que permitam que ele seja  usado para construir prédios ou pontes.
A biologia sintética pode  ser descrita como o lado biológico da nanotecnologia, pois possibilita a  manipulação dos elementos que compõem o DNA dos organismos vivos. O que  os investidores estão dizendo é que com o desenvolvimento da biologia  sintética será possível criar qualquer tipo de organismo; ela  possibilita a criação de uma nova forma de vida, o que, aliás, já foi  feito no ano passado por um pesquisador chamado Craig Venter.  Com isso acredita-se que seja possível sintetizar micróbios capazes de  utilizar biomassa transformá-la em eletricidade, em combustíveis, em  comida, no que for. Na teoria, seria possível sintetizar um micróbio  capaz de produzir plástico, por exemplo, a partir da celulose presente  nos vegetais. A diferença entre essa tecnologia e a engenharia genética,  usada na criação dos organismos geneticamente modificados, é que a  biologia sintética teoricamente possibilita a síntese do DNA a partir do  zero, enquanto a engenharia genética ‘apenas’ transfere um ou mais  genes de um organismo para outro. Pesquisas nessa área estão sendo  feitas por todo o mundo, inclusive no Brasil. Em São Paulo, por exemplo,  há uma empresa norteamericana chamada Amyris, que tem parcerias com  usinas de cana-de-açúcar brasileiras para utilizar a biologia sintética  para a produção de melhores biocombustíveis utilizando-se de organismos  artificiais.
A geoengenharia é basicamente uma estratégia que  engloba várias tecnologias – inclusive biologia sintética e a  nanotecnologia – para intervir em larga escala nos oceanos e na  atmosfera, e está sendo proposta para lidar com a mudança climática. Os  cientistas que estão trabalhando em projetos desse tipo alegam que é  impossível reverter as mudanças climáticas a menos que consideremos  utilizar a geoengenharia. Isso está sendo proposto de duas maneiras  diferentes: uma é diminuir a quantidade de luz solar que chega à Terra,  por meio de uma estratégia chamada de gestão da radiação solar. A ideia é  bloquear a luz do sol bombardeando a estratosfera com sulfatos, para  simular o que acontece quando um vulcão entra em erupção. Alguns  pesquisadores alegam que é possível construir enormes ‘tubos’ com cerca  de 25 quilômetros de altura, que ficariam espalhados por todo o mundo  bombardeando a atmosfera com sulfatos e fazendo com que a temperatura se  estabilizasse. A segunda estratégia de geoengenharia é a fertilização  oceânica: a proposta é escolher uma parte do oceano que seja pobre em  nutrientes, como ferro e uréia, e despejar nanopartículas desses  nutrientes para criar uma proliferação de fitoplâncton [conjunto de  organismos vegetais aquáticos microscópicos, principalmente algas]. Esse  fitoplâncton absorveria o dióxido de carbono na atmosfera e quando  morresse afundaria ficaria depositado no solo marítimo. Desde 1993 já  foram conduzidos 13 experimentos desse tipo em todo o mundo, financiados  principalmente por governos de países como os EUA, Inglaterra e  Alemanha. E todos foram um fracasso, mas eles continuam tentando, cada  vez gastando mais do que antes.
Quem está investindo nessas tecnologias?
A  nanotecnologia já conta com investimentos pesados, principalmente de  governos como o dos EUA, Japão, Reino Unido e China. Somados, esses  países gastaram em torno de US$ 50 bilhões em pesquisa em nanotecnologia  desde 2001, apenas em pesquisa básica. Comparativamente, é mais  dinheiro do que foi investido no Projeto Manhattan, que  criou a primeira bomba atômica. Inicialmente, a maior parte desses  gastos vinha dos governos, mas por volta de 2007 o setor privado começou  a superá-los. E os investimentos vêm de empresas da área de energia,  mineração, química, informática. Como exemplos de corporações que estão  investindo nisso posso citar a Nestlé, a Monsanto, a Syngenta,  entre outras. Os investimentos do setor privado em nanotecnologia já  andam na casa dos US$ 7 bilhões anuais em pesquisa básica. Também  impressiona o nível de investimentos destinados à biologia sintética. As  maiores companhias petrolíferas, como Exxon e Shell, investiram maciçamente nessa área. Só a Exxon investiu  US$ 600 milhões em uma empresa de biologia sintética no ano passado. O  governo dos EUA investiu US$ 1 bilhão em pequenas empresas desse setor  em 2010.
Já os gastos com geoengenharia ainda podem ser  considerados modestos. Isso pode ser explicado pelo fato de que, no ano  passado, a Convenção de Diversidade Biológica das Organizações das Nações Unidas estabeleceu uma moratória sobre os experimentos em geoengenharia que  poderiam acarretar consequências que ultrapassassem as fronteiras dos  países ou que tivessem efeitos de larga escala. Apenas pequenos  experimentos foram permitidos. Essa determinação foi assinada por 193  países. Na verdade, existem duas moratórias contra a geoengenharia: a  primeira foi colocada pela ONU em 2008 contra experimentos com  fertilização oceânica. No ano seguinte, a Alemanha conduziu experimentos  que violaram essa moratória e causou uma onda enorme de protestos,  inclusive no próprio país, e desde então eles resolveram parar. Em 2010,  essa moratória foi estendida para abranger também a gestão da radiação  solar. Mas elas não impedem que os governos tentem fazer experimentos,  desde que sejam em pequena escala. Já a biologia sintética e a  nanotecnologia não estão submetidas a nenhum tipo de regulação  praticamente.
O uso dessas técnicas como solução para os problemas ambientais possui credibilidade no meio acadêmico?
Muita.  Se você olhar quem ganhou os últimos prêmios Nobel em física e em  química, a maioria desses pesquisadores trabalha com nanotecnologia e  biologia sintética. Todas as maiores universidades do mundo estão  envolvidas nisso: Oxford, Cambridge, Harvard, MIT, Stanford. E não há  debates acerca dos riscos envolvidos nessas tecnologias, há um consenso  no meio acadêmico de que elas têm um enorme potencial. Ninguém está  discutindo os riscos ambientais e para a saúde envolvidos no uso  indiscriminado dessas tecnologias, não há nenhuma regulação. Também acho  que há um risco relacionado ao potencial de transformar a economia  global, porque não se sabe quem teria o controle sobre essas  transformações, quem seria o dono dessas tecnologias. A Academia Nacional de Ciências dos EUA, a Sociedade Real no Reino Unido e  outras instituições alemãs já produziram relatórios a respeito da  geoengenharia. Todas dizem a mesma coisa: é extremamente perigoso e é um  último recurso, mas devem ser feitos experimentos porque há a  possibilidade de que não se consiga encontrar outra solução.
O  sr. afirma que a proposta de utilizar essas tecnologias obedece a  critérios políticos, e não científicos. O que quer dizer com isso?
Há  uma suposição de que é possível usar a geoengenharia de maneira segura.  Só que no momento que você a propõe como solução, os políticos podem  alegar que não é preciso reduzir nossa emissão de gases causadores de  efeito estufa e transformar nossas economias. Basta jogar sulfatos na  estratosfera ou fertilizar a superfície dos oceanos que tudo ficará bem.  No momento em que se diz que a geoengenharia é aceitável, ela deixa de  ser uma questão científica e se torna uma questão política. E não dá  para acreditar que os mesmos políticos que não tiveram coragem para  tratar da questão climática até agora terão a integridade e a  inteligência para utilizar a geoengenharia de maneira segura. E isso é  verdade também para a biologia sintética e a nanotecnologia. Não há  capacidade em nível global – como, por exemplo, dentro da ONU – para  monitorar e avaliar novas tecnologias.
No caso da nanotecnologia,  devido ao tamanho reduzido das partículas e ao fato de que as  características dos materiais mudam muito, é necessário uma regulação  especial, e os governos não têm implementado isso. Fui conversar com  agências reguladoras nos EUA e na Europa e todas dizem que não têm como  exercer maior regulação sobre a nanotecnologia e a biologia sintética  até que haja um grande acidente envolvendo uma das duas. Os governos já  investiram demais nessas tecnologias para desistir agora. Os reguladores  sabem que estão de mãos atadas porque essa é uma questão política.
Isso  viola o princípio da precaução, uma das principais conquistas da Rio  92, que diz que se não se sabe ao certo se uma tecnologia é segura, a  precaução sugere que ela não seja usada até que se saiba mais. Só que,  em 1993, os dois órgãos da ONU que tinham alguma competência para  avaliar novas tecnologias foram praticamente ou completamente  dissolvidos: a Comissão de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento,  que ocupava um prédio inteiro em Nova York, perdeu tantos recursos que  hoje não passa de duas pessoas em uma sala no prédio das Nações Unidas  em Genebra. Também em 1993 houve a dissolução da Comissão sobre as  Empresas Transnacionais, que era o único órgão da ONU que monitorava o  setor privado em nível global e as transferências de tecnologias entre  empresas privadas. Essa teve seu orçamento cortado pelo governo dos EUA.
E quais os impactos envolvidos no emprego dessas tecnologias?
Com  relação à nanotecnologia, uma grande preocupação é com as patentes que  estão sendo concedidas, que de certa forma estão privatizando os  elementos da tabela periódica. Por exemplo, você pode obter uma patente  que se aplique a um fio produzido por meio de nanotecnologia a partir de  qualquer um entre 33 elementos. Isso é como ser dono de um terço da  tabela periódica. Ou então você obtém uma patente que diz que  determinado produto usado na indústria eletrônica também se aplica à  indústria farmacêutica, automobilística e assim por diante. Estamos  falando de manipulação no nível mais básico da natureza e há grande  possibilidade de que uma empresa monopolize um enorme pedaço da produção  industrial.
Hoje é possível encontrar no mercado milhares de  produtos que de alguma forma se utilizam da nanotecnologia. Filtros  solares, cosméticos, roupas e outros produtos já usam nanopartículas.  Mas há uma dificuldade na regulação porque as nanopartículas que estão  sendo usadas são de materiais que historicamente eram usados na  elaboração desses produtos. Um exemplo: hoje já é possível comprar  filtros solares com nanopartículas de óxido de zinco em sua formulação,  que são compostos que sempre foram usados, só que sem a utilização da  nanotecnologia. Então os governos não exigem que as empresas refaçam os  testes e nem regulam de maneira diferente. Mas quando você usa  nanopartículas de um material ele se comporta de maneira completamente  diferente. Particularmente, o óxido de zinco pode passar através da pele  e ir parar nos nossos órgãos, e ninguém sabe ao certo os riscos que  isso acarreta. Apenas nos últimos oito anos começaram a aparecer  pesquisas que tentavam analisar o que acontece quando as nanopartículas  penetram no organismo ou no meio ambiente. Todas elas dizem que há risco  envolvido nisso e que é preciso fazer mais pesquisas.
Com a  biologia sintética, se é verdade que um dia será possível fazer o que  eles alegam, ou seja, manipular o DNA para ‘construir’ qualquer coisa em  laboratório a partir de biomassa, provavelmente o que aconteceria é que  as pessoas famintas de todo o mundo teriam que competir com a indústria  pela terra para produzir biomassa. Eu sempre ouço de investidores de  risco que apenas 23,8% de toda a produção terrestre anual de biomassa do  planeta está inserida no mercado global de commodities, o que significa  que 76,2% não foi convertido em valores monetários. Para esses  investidores, essa produção não está ‘sendo usada’, mas na verdade elas  desempenham funções importantes no equilíbrio dos ecossistemas, ou então  servem como áreas de pastoreio e cultivo para populações tradicionais,  por exemplo. Mas não estão no mercado, e o objetivo é encontrar uma  forma de lucrar com isso.
Outro risco é a liberação no meio ambiente de organismos que não  existem na natureza. É provável que quase todos sejam incapazes de  sobreviver fora do laboratório, mas pode ser que consigam. É impossível  prever a velocidade com que eles seriam capazes de sofrer mutações ou  desenvolver a capacidade de se reproduzir e dar origem a algo novo. O  que nós sabemos é que os laboratórios, por mais seguros que sejam, não  garantem que esses organismos fiquem confinados. Tome-se o exemplo do  vírus da febre aftosa. Nos últimos dez anos, houve 15 casos em que ele  escapou de laboratórios pertencentes ao governo em todo o mundo.
Já  a geoengenharia ainda é muito teórica. Em princípio, ela funciona, haja  vista que a humanidade, depois da Revolução Industrial, foi capaz de  causar modificações climáticas que nos levaram à crise atual. O que está  sendo defendido agora é que não há escolha a não ser transformar o  planeta uma segunda vez e tentar reverter esse quadro. O que preocupa é  que essas técnicas podem ser bem desleixadas. Simplesmente lançar  sulfatos na estratosfera pode ser extraordinariamente perigoso. Por  exemplo, se isso fosse feito na zona temperada, poderia causar efeitos  indesejados sobre as chuvas de monção, que deixariam de passar por sobre  a Ásia e passariam sobre o oceano. O impacto disso seria uma enorme  seca em alguns países. Nós não sabemos o suficiente sobre os fenômenos  climáticos do planeta para conseguir utilizar a geoengenharia de maneira  segura. Mesmo aqueles que endossam a geoengenharia dizem que ela é  extremamente arriscada. A certeza é que haverá um grande impacto. Mas  não se sabe ainda como a geoengenharia afetaria o regime de ventos, as  correntes oceânicas, a quantidade de chuva, e isso pode ter um impacto  enorme ao determinar o que pode ou não ser cultivado em determinados  lugares e quem pode ou não habitar determinadas regiões.
Qual é a relação entre essas tecnologias e a Rio+20?
Os países do Norte estão pressionando pela adoção, na Rio+20,  da ideia de que a melhor maneira para sair da crise é a economia verde,  em que a biologia sintética e a nanotecnologia desempenhariam um papel  central. O que eles querem é o reconhecimento de que uma nova economia  baseada nessas tecnologias é ‘limpa’, é ‘verde’. A Rio+20 será praticamente uma campanha por parte da Europa e América do Norte  para tentar convencer o mundo de que essa é a solução para os nossos  problemas. Eu estive no Brasil na época em que se falava da Teologia da  Libertação, que defendia a participação da sociedade, dos movimentos  sociais na busca por soluções para os problemas. O discurso agora para a Rio+20 é o da Tecnologia da Libertação,  que advoga que a ciência e a tecnologia controladas pela indústria  podem ‘tomar conta’ do planeta. Vende-se a ideia de que a solução de  todos os problemas está na tecnologia, e não está.
E que análise o sr. faz do discurso da economia verde?
O  discurso ambiental está sendo usado como uma oportunidade de criar  novos mercados, com a financeirização da natureza. O sentimento por  parte de alguns governos europeus é de que, com a crise, eles não têm  dinheiro para preservar a natureza. Eles defendem que se há uma maneira  de ganhar dinheiro preservando os ecossistemas, isso tornará a  preservação ambiental atrativa, para que a natureza seja utilizada no  mercado de compensação por emissões de carbono, por exemplo. Essa  financeirização é vista como solução, mas ela está na origem da própria  crise que estamos enfrentando. Tome-se o sistema de hipotecas do mercado  imobiliário, que é um instrumento financeiro usado há séculos:  pensava-se que os governos sabiam regular esse mercado e que a indústria  sabia operá-lo, isso até 2007. Esse sistema deu origem a uma crise pela  qual estamos pagando até hoje. E agora estão tentando nos convencer de  que as mesmas pessoas que ‘desarrumaram’ nossa casa devem ter permissão  para cuidar do jardim. E isso é ridículo. Enquanto estão ocupando Wall  Street – e eu acho ótimo que estejam – Wall Street está tentando ocupar nossas florestas, nossos campos, nossa água e nossa atmosfera. E não podemos permitir que isso seja feito.
Mas você se diz otimista com relação a Rio+20. Por quê?
Porque os governos se prepararam mal para a Rio+20 e  há muita controvérsia entre países do Norte e do Sul a respeito da  economia verde. Acho que a sociedade civil pode desempenhar um papel  significativo na Conferência, pela própria desorganização dos governos.  Podemos chamar a atenção do mundo para a falsidade da economia verde,  que é apenas retórica, não significa nada. Precisamos alertar para o  perigo da geoengenharia. Nenhum país ou grupo de países do mundo tem o  direito de se apoderar do termostato do planeta. Nós queremos um acordo  entre os países de que a geoengenharia é muito perigosa para ser levada a  cabo, e há uma boa chance de conseguirmos. Eu acho que também podemos  obter na Rio+20 um entendimento mais amplo da biologia sintética e da  nanotecnologia, de modo que a ONU, no mínimo, chegue à conclusão de que é  preciso restabelecer um sistema de avaliação de tecnologias que seja  transparente, que possibilite que todos nós possamos acompanhar o  desenvolvimento de novas tecnologias desde o laboratório até o mercado, e  que possamos interferir. E o mais importante é chamar a atenção da  sociedade civil, porque nenhum acordo ou tratado entre países vale  alguma coisa se a sociedade não estiver atenta. Mas também pode ser que a  Rio+20 se torne um grande evento em que se chegue a um  consenso entre os países, como se todos dissessem: ‘agora sim nós  aprendemos com os erros do passado, agora entendemos o que precisamos  fazer para implantar o desenvolvimento sustentável que foi proposto na  Rio 92, ou seja, implantar uma ‘economia verde’ por meio do incentivo à  novas tecnologias ‘limpas’”.
Comentários 3
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Karen Moreira
25 de março de 2012Muito interessante essa reunião e está sendo investido muito dinheiro para todo esse projeto.
Amanda Giannopoulos
19 de junho de 2012privatizar a natureza ? a rio+20 não passa de uma simples faixada, não se importam como a sustentabilidade , é apenas uma solução aparente, e o pior usam a imagem de seres que nem se dão conta, os indios estão enganados em toda essa historia , querem dar um cala a boca para a população e adotar o simbolo verde para as industrias distruidoras e massacrantes , não EXISTE ECONOMIA VERDE, NÃO EXISTE CAPITALISMO VERDE, NÃO EXISTE SUSTENTABILIDADE NESSE SISTEMA . ACORDAA POVOOOOOOOOOOOOOO !!!
Amanda Giannopoulos
19 de junho de 2012privatizar a natureza ? a rio+20 não passa de uma simples faixada, não se importam como a sustentabilidade , é apenas uma solução aparente, e o pior usam a imagem de seres que nem se dão conta, os indios estão enganados em toda essa ……..