As notícias sobre a indústria extrativa nos últimos tempos estão longe de refletir coisas positivas como sustentabilidade e bem viver. Uma indústria que inclui parte da cadeia produtiva do petróleo e que, no Brasil, reflete a atuação em torno do pré-sal.
Para ampliar e facilitar o debate sobre os impactos desse tipo de atividade, o Ibase lança o infográfico “Impactos e Riscos Socioambientais da Infraestrutura do Pré Sal no Rio de Janeiro”, disponível para download e reprodução (desde que dados os devidos créditos e que não haja alteração no conteúdo). O material, desenvolvido com apoio da Fundação Ford e da Fundação Mott, deixa evidentes os impactos e transformações causadas, principalmente, na vida das comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras, além dos danos causados, por exemplo, à Baía de Guanabara e todo seu ecossistema. Fato debatido na cidade de Paraty, litoral sul do Rio de Janeiro, durante a Oficina de Formação sobre Grandes Empreendimentos e os Impactos nas Comunidades Tradicionais, entre os dias 8 e 9 de Março, na qual o infográfico foi apresentado pela primeira vez.
Durante os dois dias do encontro, temas como o licenciamento ambiental, a consulta livre, prévia e informada, a partir da Convenção 169 da OIT, foram debatidos com as cerca de 50 pessoas que participaram que estiveram presentes. Nahyda Franca, coordenadora de projetos do Ibase, e que esteve em Paraty, afirma que tanto o infográfico, quanto o Mapa sobre a infraestrutura do pré-sal são ferramentas importantes neste debate. “Elas contribuem para o entendimento em linguagem visual simples, facilitando o diálogo sobre este assunto”, resume.
A Oficina realizada em Paraty, RJ, foi uma inciativa do Ibase, do Fórum de Comunidades Tradicionais – Angra, Paraty e Ubatuba , (FCT) e do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS).