A data faz parte de uma agenda de afirmação dos direitos das pessoas trans e requer de cada um(a) de nós a compreensão e o respeito pela diversidade humana. Nós do Ibase estamos juntos nessa luta.
Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, o Brasil continua sendo o país que mais mata travestis e transexuais no mundo – seguido por México (65 mortes) e Estados Unidos (31 mortes). O relatório da entidade, divulgado hoje, aponta que em 2019 pelo menos 124 pessoas transgênero, entre homens e mulheres transexuais, transmasculinos e travestis, foram assassinadas no Brasil, em contextos de transfobia. Em apenas 11 desses casos os suspeitos de terem cometido os crimes foram identificados.
São Paulo foi o estado que mais matou travestis e transsexuais em 2019, com 21 assassinatos, com aumento de 50% dos casos em relação a 2018 (14 mortes). Ceará, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro vêm logo atrás com os maiores índices de crimes contra a população trans.
Outro dado que a pesquisa levou em conta é o perfil das vítimas. A violência chama a atenção em todos os níveis de idade, mas as maiores chances de uma pessoa trans ser assassinada são entre os 15 e os 45 anos.
O Mapa dos Assassinatos 2019 aponta que 59,2% das vítimas tinham entre 15 e 29 anos, 22,4% entre 30 e 39 anos, 13,2% entre 40 e 49 anos, 3,9% entre 50 e 59 anos e entre 60 e 69 anos, 1,3% dos casos.
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