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Desenvolvimento local: Ibase lança cinco diagnósticos sociais participativos


O Ibase acaba de lançar cinco publicações do projeto Núcleos de Integração Comunitária, iniciativa realizada em parceria com Furnas Centrais Elétricas. As obras reúnem os diagnósticos sociais participativos realizados em bairros de Angra dos Reis e Itatiaia, no Rio de Janeiro; Ibiraci, em Minas Gerais; Mogi das Cruzes, em São Paulo; e Foz do Iguaçu, no Paraná – todos considerados áreas de incidência da estatal do setor elétrico.
O objetivo do Núcleos de Integração Comunitária é promover o desenvolvimento local por meio de metodologia composta por ações coordenadas que levam à construção coletiva de mecanismos que qualificam e potencializam a ação comunitária na busca da melhoria dos territórios em que vivem, assim como a ampliação de seus direitos de cidadania. A publicação dos diagnósticos sociais participativos é a primeira etapa de consolidação do projeto. “Nesse processo, as pessoas puderam refletir coletivamente sobre a realidade de seus territórios. Essa é a dinâmica que usamos para identificação dos principais problemas e potencialidades locais. É também um embrião para consolidação dos fóruns comunitários, o passo seguinte de desenvolvimento do projeto. Também serão elaborados os planos de ação que definem a agenda de prioridades dos territórios, uma espécie de impulsionador de desenvolvimento coletivo” – explica Sandra Plaisant, pesquisadora do Ibase e coordenadora da iniciativa.  As obras são consideradas ferramentas indispensáveis de apoio a todas as demais ações de mobilização e à tomada de decisão das próximas etapas da implantação do referido projeto. “Tanto os Diagnósticos quanto os Planos de Ação permitem ao Fórum se apresentar, negociar  parcerias e se mostrar organicamente estruturado” – exemplifica a pesquisadora.
Nas publicações, estão o resultado de entrevistas com pessoas-chave das comunidades e com pequenos grupos locais, além de ampla discussão das informações obtidas com moradoras(es) em encontros de integração comunitária. Trata-se de um processo de dar voz a atores sociais locais, que enxergam suas sugestões coletivas traduzidas em documentos legítimos.  Também estão contemplados nos diagnósticos dados secundários obtidos junto ao Sistema de Produção de Estatísticas Públicas[1] e em sites de órgãos públicos, como de prefeituras municipais e outras instâncias dos poderes públicos locais, e ainda teses e demais publicações[2].
Zuleide Pontes, da Gerência de Responsabilidade Sociocultural em Furnas e assessora técnica da iniciativa, afirma que a parceria realizada com o Ibase, desde 2005, é fundamental para viabilizar o projeto Núcleos de Integração. “O conhecimento do Ibase em planejar, executar e avaliar projetos sociais nos ensina que é possível o desenvolvimento de projetos de organização da comunidade, do bairro, do território, de forma sistemática, utilizando-se de conceitos e instrumentos de monitoramento e avaliação a cada etapa/fase do projeto de forma a orientar a equipe quanto aos objetivos propostos. Além do mais, o Ibase repassa tal conhecimento à equipe técnica de Furnas que será a gestora do processo até auto-gestão da comunidade”, ressalta.
“A população local se sente respeitada porque os diagnósticos sociais participativos incorporaram sua visão dos territórios. Além de possibilitar um processo de reflexão coletiva e consequentemente, de amadurecimento da organização local, estimulamos discussões relacionadas aos direitos de cidadania, o que gera mais participação por parte dos moradores dos territórios. A ideia é que, de posse dos resultados dos diagnósticos, a população possa buscar, junto ao poder público local, à iniciativa privada, universidades e demais parceiros que possam ser integrados ao processo, meios que possibilitem a implantação de melhorias que assegurem ao mesmo tempo mais segurança, saúde, educação, cultura e lazer” – conclui Sandra Plaisant.
Os cinco diagnósticos participativos estão disponíveis para download. Para acessar, basta clicar no nome de cada publicação.

 
 
[1] Especialmente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; do Departamento de Informática do SUS – Datasus; das bases de dados do Ministério do Trabalho e Emprego, como a Relação Anual de Informações Sociais – Rais – e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged); e das bases do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS).
[2] Também foram realizadas consultas em sites de veiculação de notícias e no projeto de enciclopédia colaborativa estabelecido na internet – Wikipédia – com intuito de complementação de informações para melhor caracterizar as localidades analisadas.

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